domingo, 25 de janeiro de 2015

Adoção de filhos de dependentes químicos é tema de audiência

Com o objetivo de debater denúncias de que filhos recém-nascidos de dependentes químicos têm sido colocados à disposição para adoção, mesmo contra a vontade dos pais, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará uma audiência pública na terça-feira (27). A reunião será às 9 horas, no Plenarinho I.

O presidente da comissão e autor do requerimento que deu origem à reunião, deputado João Leite (PSDB), pretende buscar esclarecimentos sobre as denúncias. “Precisamos buscar informações em órgãos como o Ministério Público para entender essa realidade”, afirmou.

Foram convidados para a audiência o juiz titular da Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, Marcos Flávio Lucas Padula; a promotora de Justiça e subcoordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público de Minas Gerais, Paola Domingues Botelho Reis de Nazareth; o titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da Defensoria Pública da União em Minas Gerais, Estevão Ferreira Couto; a defensora pública especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais da Defensoria Pública de Minas Gerais, Cleide Aparecida Nepomuceno; a coordenadora substituta do Núcleo de Infância e Juventude da Defensoria Pública de Minas Gerais, Laurelle Carvalho de Araújo; o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Wilton Rodrigues; a coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Márcia Rocha Parizzi; e a ativista da ONG Parto do Princípio e advogada especialista em Direitos Reprodutivos da Mulher, Gabriella Sallit.

Comissão de Segurança Pública
Reunião sobre o assunto, 
na terça (27),
 às 9 horas, no Plenarinho I.

via Imprensa ALMG

Serviço de orientação sobre drogas recebeu 27 mil ligações em 2014

O Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre Drogas, o Ligue 132, atendeu 27.467 pessoas em 2014. 

A maioria, 18.054, declarou não ser usuário de drogas. 

De acordo com a coordenação do serviço, em geral, são parentes que procuram informações para ajudar quem tem problemas com drogas.

Usuários de crack concentram-se nas imediações das obras da Transcarioca, na Avenida Brasil, próximo ao Complexo da Maré, zona norte da cidade (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Os estados com maior número de atendimentos foram São Paulo, com 5.286; Rio Grande do Sul, com 2.034; e Rio de Janeiro, com 1.991 registros. Amapá (25), Roraima (26) e Rondônia (63) foram os estados com menor número de registros. Em 2014, cerca de 70% das ligações recebidas pelo serviço foram feitas de municípios do interior.

O atendimento é feito por uma equipe de 80 estudantes da área de saúde, supervisionados por profissionais. A equipe está treinada para dar informações sobre as características da dependência química e sobre as formas de ajudar o usuário a buscar tratamento.

Em 2014, a maioria dos atendimentos estava relacionada a dúvidas e pedidos de ajuda ligados ao uso de cocaína e derivados, como o crack, que representaram 46% dos atendimentos.

Cerca de 40% das ligações estavam relacionadas ao uso de álcool, 36% ao tabaco e 27% à maconha. Também há registros de atendimentos para prestação de informações sobre ansiolíticos, anabolizantes, ecstasy, alucinógenos, anfetaminas e outras drogas.

O Ligue 132 faz parte do Programa Crack, É Possível Vencer, do Ministério da Justiça. O atendimento é feito 24 horas por dia, incluindo feriados e finais de semana e quem liga não precisa se identificar.

Luana Lourenço | Agência Brasil